Seja bem-vinda, bem-vindo ao meu site e a
conhecer um pouco de minha jornada
Compartilho com você alguns marcos deste meu caminhar pela cerâmica e pela arte. Para mim, ter chegado até aqui hoje, a esse ateliê, é resultado de uma série de pequenos grandes passos.
Um espaço que acolhe as peças que desenvolvi ao longo dessa história, aquelas que sigo projetando, e, especialmente, as pessoas que me ajudam a construí-la.
1990
Eu tinha por volta de 14 anos, morava no Rio de Janeiro, quando pela primeira vez senti o toque do barro em minhas mãos e o encantamento da transformação das peças após a queima, em um curso com a ceramista Clara Fonseca. Eu considero que esse momento foi crucial para, mais tarde, seguir em minha escolha de fato pela profissão de ceramista.
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2000
Já cursando a graduação em desenho industrial, retomei a prática da cerâmica com a minha primeira professora e com quem também estagiei um pouco depois. Com os conhecimentos acadêmicos e conceituais, pude desenvolver meu lado de pesquisadora e designer, reconhecer o que me interessava em termos de formas, estilos, teorias – como a Bauhaus –, e minhas inspirações – como a natureza, a água e o mar. Foi nesse período também que senti que de fato era o barro, a argila, a cerâmica a matéria para a minha expressão artística, o meu ofício e minha conexão comigo mesma, com o outro e com o mundo.
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2010
Um período de importantes transformações, desenvolvimento e aprendizado: mudei de cidade, saí do Rio para morar em São Paulo, tornei-me mãe com a chegada dos meus dois filhos, mas, ironicamente, também havia perdido minha mãe... Na busca por novos conhecimentos, contatos na nova cidade, entre as descobertas da maternidade e de outras dimensões do feminino, a profissão de ceramista e designer também se delineava de maneira mais concreta: em uma primeira sala alugada, as primeiras aulas ministradas, a compra do primeiro forno, um primeiro pedido de peças personalizadas... E linhas criativas que ganhavam mais força e personalidade com base em pesquisas que se aprofundavam pelas formas geométricas e ganhavam a fluidez das águas e os contornos do tornar-se mulher.
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2020
Nessa sedimentação de eventos, realizações, descobertas, frustrações, desvios, tenho agora um novo espaço, o Ateliê Joana Alveal. Por um lado, ele revela uma maturidade atingida e que me faz sempre mais crítica da realidade e inconformada com as desigualdades e injustiças de nossa sociedade, particularmente com as questões que envolvem a mulher e como lidamos com a natureza; por outro, um contínuo encantamento com as possibilidades, pela arte em cerâmica, seja utilitária ou contemporânea, de transmutar estados, sentimentos e de estabelecer relações de genuíno afeto, íntimo e coletivo.
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